quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Silent Hill: Homecoming

Quando joguei o primeiro Silent Hill, no já obsoleto Playstation 1, fiquei muito, muito impressionado. Era meu primeiro contato com aquela geração de jogos de tramas longas, com quebra-cabeças empolgantes e a sensação de que algo sempre estava para acontecer. Os gráficos, para a época, eram muito bons, e toda a composição da cena, com a neblina constante, os chiados do rádio e a parca luz da lanterna criavam um clima aterrorizante.

Por muitos anos eu falei de Silent Hill como sendo minha maior experiência com um jogo de videogame, hobbie que nunca tomou grande parte do meu tempo. Na época eu havia jogado menos de um terço da trama toda, pois o videogame não era meu. E não pude avançar mais, pois o dono do console apagou meu progresso de seu memory card.

Anos depois, quando tive uma oportunidade, fui atrás do jogo e, emulei o Playstation no meu PC para conseguir, enfim, finalizar o jogo, satisfazendo a vontade que carreguei por bastante tempo. E a conclusão que tive na época era que nada poderia ser melhor que Silent Hill.

Virei um fã da franquia e acompanhei seus lançamentos seguintes de longe. Meu PC não conseguiria rodar os jogos seguintes, já para o Playstation 2, e demorou quase uma década para que eu enfim pusesse as mãos no segundo jogo da série.

Silent Hill 2 era uma progressão de tudo que o jogo original oferecia. Com gráficos melhores e uma trama bem mais voltada ao lado psicológico do personagem principal, sem conexão com o capítulo anterior, SH 2 conseguiu superar seu antecessor com boa vantagem. Era um jogo que eu simplesmente não conseguia jogar sozinho em casa.

Quando comprei o PS3 um dos meus primeiros pensamentos foi voltado à série. Com maior capacidade, gráficos melhores, e maior experiência da produtora com certeza Silent Hill deveria ter se transformado em algo digno de pesadelos. E, contrariando minha sistemática, pulei os capítulos que ainda não tinha jogado e fui logo para a primeira produção voltada para o PS3, Silent Hill: Homecoming.

Os gráficos com certeza me agradaram, é tudo realmente muito assustador. Mas, infelizmente, a trama e o personagem me decepcionaram profundamente. Alex Shepherd, o “herói” do jogo, é um soldado e, como tal, tem treinamento para sobreviver contra as criaturas, o que na prática te faz prestar mais atenção em como combater, ao invés de simplesmente sobreviver. Além disso, a trama enveredou por algo claramente influenciado por aquela onda de horror explícito meio gore de O Albergue, e outras produções na mesma linha, que não casou bem com o lado mais psicológico da trama.

Se eu não conhecesse os dois primeiros jogos da série provavelmente teria gostado bastante desse Homecoming. Mas a comparação foi brutal demais para esse capítulo, e minha decepção acabou sendo a marca registrada do jogo, pra mim.

Agora a torcida é para que todos os erros sejam reparados no próximo capítulo da série, Downpour, prometido para o primeiro trimestre desse ano. Os primeiros trailers, pelo menos, foram bastante bacanas e me agradaram bastante!

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