segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Elric, Navegante nos Mares do Destino

Eu sempre quis ler algo de Michael Moorcock, criador de Elric e sua espada Stormbringer. Mas, com exceção feita às letras de músicas das bandas Blind Guardian e Domine, tudo a que tive acesso estava na internet. E tudo isso só atiçava ainda mais a minha curiosidade.

Mas, com um atraso de vinte anos, enfim pude ler a minissérie Elric, Navegante dos Mares do Destino. A HQ em quatro números foi lançada no Brasil em julho de 91 pela Abril Jovem, e é uma adaptação em cima da narrativa do Campeão Eterno, levada às páginas por Roy Thomas e Michael T. Gilbert.

Fiquei bastante feliz de ter esse primeiro contato com a mitologia de Moorcock pelo traço de Gilbert. Ao invés de guerreiros bombados e as mulheres com problemas de coluna que infestam os quadrinhos atuais, encontrei Elric e seus companheiros em traços elegantes e, por que não, misteriosos. Bastante condizente com a narrativa fantástica e onírica.

Embora condensando a obra de Moorcock, a minissérie é muito interessante. O personagem principal, Elric de Melniboné, é um monarca exilado, culto, em busca de algo que preencha um vazio que ele mal entende. Para tal, “navega” não em mares, e sim em planos, mundos, em busca de sua meta desconhecida.

A história de Elric, de certa forma, se assemelha à de Conan, o bárbaro cimério criado por Robert E. Howard, enquanto seu mundo é claramente influenciado pela literatura fantástica, com algo de Tolkien aqui, e um tanto de Lovecraft ali.

E, embora tenha gostado muito do Navegante nos Mares do Destino, a droga da minissérie só reforçou a minha vontade de conhecer melhor a obra de Moorcock. Diacho.

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