Duas coisas me atraem num jogo: a beleza e o enredo. Como o
enredo é um fator que se desvenda apenas durante o jogo, é o fator beleza que
me atrai de cara e que me faz ir adiante. Nessa linha de raciocínio eu terminei
recentemente dois jogos dignos de nota, um por ser uma bela surpresa, e o outro
por ser uma triste constatação.
Fiquei realmente decepcionado quando Castlevania: Lords of
Shadow se mostrou um jogo pífio e de enredo medíocre. Tudo levava a crer que
seria algo realmente grandioso, pois o início é magnífico, com paisagens e
trilha sonora muito acima da média. Mas as aparências realmente me enganaram.
A história do cavaleiro que vai atrás da ressurreição de sua
amada, desvendando os mistérios e enfrentando os perigos que sua própria ordem de
cavalaria criou para o mundo é clichê, mal utilizada e a todo instante fica a
impressão de que estamos andando em círculo e indo a lugar nenhum, pois é tudo
muito repetitivo e chato. A isso é somada a sonoplastia do jogo, que é
absurdamente irritante de tão repetitiva.
Fora isso o sistema de jogo é daqueles em que você não tem
como resolver certas coisas na fase no primeiro momento em que passa por elas.
Você deve voltar a elas no futuro, quando tiver adquirido tal habilidade. Pra
mim isso é ridículo, pois vai totalmente contra o enredo, e sempre me incomoda
bastante.
Logo depois de Castlevania dei início ao curto, porém
belíssimo, Heavenly Sword. Com mais ou menos as mesmas características de
estilo ao anterior (jogo em terceira pessoa, combates frequentes, comandos programados
aliados à animação, etc), a história de Nariko começa na batalha final, onde
ela sucumbe à maldição de sua espada e relembra seus últimos cinco dias e como
chegou até aquele ponto.
Tão bonito visualmente quando Castlevania, Heavenly Sword
supera o rival em todos os outros pontos. Um enredo muito interessante, missões
bem variadas e, sobretudo, uma dublagem que faz toda a diferença para quem está
preocupado com a história, como eu.
Os dois personagens principais, Nariko e o Rei Bohan, seu
antagonista, são dublados respectivamente por Anna Torv (a agente Dunham, de
Fringe) e Andy Serkis (o Golum, de Senhor dos Anéis). E ambos fizeram sua parte
de forma realmente impressionante. Torv emprestou à Nariko um tom grave, forte,
muito condizente com a personagem, guerreira, criada sob desconfiança e
ressentimento de seu povo.
De errado em Heavenly Sword só vejo a sua curta duração. Não
sou de jogar por muitas horas seguidas, e alcancei seu final em pouco mais de
uma semana. Mesmo assim, o pouco tempo é totalmente válido. Sobretudo se
comparado ao Castlevania...
Cara, acredita que eu nunca joguei NENHUMA versão de Castlevania? Pelo jeito vou continuar assim :D
ResponderExcluirO trailer do Heavenly Sword pareceu bem legal. Mas ainda tenho muitas horas de The King of Fighters pela frente!
Atendendo a sugestão sua comprei o Skyrin. Em breve começo ele.
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